Gaeco dá parecer favorável à prisão domiciliar de Padre Egídio
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), emitiu parecer favorável para que padre Egídio de Carvalho fique em prisão domiciliar. O pedido foi apresentado pela defesa diante dos problemas de saúde do padre.
“Em análise perfunctória da documentação anexada pela defesa, é possível verificar a existência de um quadro de saúde que merece cuidados além daqueles possíveis de serem prestados dentro da unidade prisional onde o acusado se encontra recolhido”, afirmam os promotores do Gaeco no parecer.
Caberá a Justiça decidir se acata o parecer ou mantém o padre preso.
Caso realmente passe a cumprir prisão domiciliar, Padre Egídio terá que cumprir medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica; proibição de se ausentar de sua residência sem autorização do juízo; proibição de manter contato com pessoas diversas de seus advogados constituídos e dos familiares que residem no mesmo imóvel; proibição de acesso ou frequência em estabelecimentos vinculados a ASA e ao Instituto São José.
Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unimed, após ser submetido a procedimento cirúrgico addominal. Segundo o último boletim divulgado pelo hospital, ele vem apresentando boa evolução.
Sentindo fortes dores na região do abdômen, Padre Egídio de Carvalho Neto, de 56 anos, foi levado na tarde do último sábado, 13, para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Valentina Figueiredo, a mais próxima da prisão onde ele está desde novembro do ano passado. Por orientação da equipe médica de plantão, o religioso, que possui plano de saúde, foi encaminhado para o Hospital da Unimed, onde passou por cirurgia.
Egídio foi diretor do Padre Zé por cerca de 10 anos e está preso desde novembro, sob acusação de desviar R$ 140 milhões destinados à instituição filantrópica que comandava. Todos os pedidos da defesa para transformar a prisão dele em domiciliar foram negados tanto pelo Tribunal de Justiça da Paraíba quanto pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.