Paraíba está entre os estados mais seguros do Nordeste, mas parte da Polícia Científica ainda luta por valorização

De acordo com o Anuário de Segurança Pública de 2024, a Paraíba está entre os estados mais seguros das regiões Norte e Nordeste, com a 3ª menor taxa de homicídios – 26,9 mortes por 100 mil habitantes. Desde 2011, o estado mantém a segunda maior redução acumulada de assassinatos no Nordeste. Por trás dessas estatísticas existe uma rede de profissionais que atuam na linha de frente da investigação criminal.

Neste 21 de abril, Dia da Polícia Civil, a data convida a olhar não apenas para os resultados, mas para quem os constroi. Em 2023, a promulgação da nova Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis (Lei nº 14.735) estabeleceu diretrizes para o funcionamento das polícias civis em todo o país. A legislação organizou os cargos em três grandes áreas: Jurídica, Investigativa e Técnico-Científica.

No entanto, na Paraíba, categorias como a dos Técnicos em Perícia e Necrotomistas, que integram o quadro de policiais civis, ainda não foram devidamente inseridas na estrutura da Lei Orgânica Estadual. Atualmente, cerca de 166 profissionais dessas categorias estão em atividade no estado.

Para a presidente da Associação dos Técnicos em Perícia e Necrotomistas Policiais da Paraíba (Atenepol), Germana Honório, a exclusão desses cargos da estrutura da Polícia Científica traz incertezas quanto a continuidade do trabalho de forma segura e reconhecida. “Estamos lutando para que nosso papel seja reconhecido na legislação estadual, para que possamos continuar desempenhando nosso trabalho de maneira segura e com respaldo legal. Técnicos em Perícia e Necrotomistas são peças fundamentais na cadeia investigativa, e não podemos continuar à margem dessa reestruturação”, afirma.

Importância das Categorias – O papel dos Necrotomistas e Técnicos em Perícia dentro da Polícia Científica é complementar ao dos peritos e fundamental para a condução de investigações criminais. Os Técnicos em Perícia documentam cenas de crimes com fotografias forenses e auxiliam na identificação de corpos, preservando vestígios importantes para análise. Já os Necrotomistas realizam necropsias, coletam amostras biológicas, essenciais para investigações e processos judiciais.

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