MPF detalha organização criminosa na Paraíba que fraudava co

A Justiça Federal na Paraíba, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), decretou a prisão preventiva de três líderes de uma organização criminosa especializada em fraudes em concursos públicos no Brasil. Na manhã desta quinta-feira (2), a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e aplicou medidas cautelares, incluindo o afastamento de candidatos que ingressaram no serviço público por meio das fraudes. Os mandados foram cumpridos na Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Até as 9h30 desta quinta, um dos mandados de prisão ainda não havia sido cumprido.
Segundo o MPF, o esquema atuava principalmente a partir da cidade de Patos (PB) e envolvia concursos de alta concorrência, como o Concurso Nacional Unificado (CNU) para auditor fiscal do Trabalho, certames da Caixa Econômica Federal, polícias civis, Polícia Federal e até o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As investigações apontam que a quadrilha obtinha provas antes da aplicação, repassando fotos, gabaritos e textos de redação aos candidatos, além de usar documentos falsos para que pessoas mais preparadas realizassem a prova no lugar dos contratantes.
Interceptações revelaram negociações de valores de até R$ 500 mil para fraudes, incluindo a corrupção de vigilantes e desativação de câmeras de fiscalização. O MPF informou que as apurações continuam para identificar todos os membros da organização e os candidatos beneficiados, garantindo a responsabilização criminal de todos os envolvidos.
Os investigados devem responder por fraude em certame público, participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos. A ação conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
