Prisão de Bacellar complica vida de Cláudio Castro no TSE

A prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), aumenta a crise política no Rio de Janeiro e complica ainda mais a vida do governador Cláudio Castro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bacellar e Castro são acusados de um esquema fraudulento no Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade Estadual do RJ (UERJ) para compra de votos.

O MP Eleitoral acusa Bacellar e Castro de fazer parte de um grupo que desviou verbas públicas por meio de uma folha de pagamento secreta com 27 mil cargos temporários na Ceperj e 18 mil na Uerj.

Para os procuradores eleitorais, “não há dúvidas sobre a atuação como cabos eleitorais ou apoio político obrigatório das pessoas que constavam nas listas”.

Castro e Bacellar negam irregularidades.

Ambos foram denunciados pela Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. No julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), a vitória da dupla foi apertada, por apenas um voto.

Na decisão, o tribunal não negou a existência do esquema de corrupção, mas entendeu que ele não foi suficiente para alterar o resultado eleitoral, já que Castro venceu com uma margem de mais de 2 milhões de votos sobre o adversário Marcelo Freixo nas eleições de 2022.

Com a prisão de Bacellar, a situação de Castro se agrava. Fica mais complicada a vida do governador porque já há uma previsão de que o TSE pode cassar os dois.

Essa perspectiva de cassação já vinha assustando a dupla. Nos bastidores políticos, comenta-se que foi justamente essa ameaça que motivou a reaproximação entre o governador e o presidente da Alerj.

Havia, inclusive, um plano em gestação para que eles fossem nomeados para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma manobra para tentar escapar da ação que corre na Justiça Eleitoral.

Sucessão embaralhada

Até poucos meses atrás, Bacellar era o candidato escolhido por Castro para a sua sucessão. Mas os dois racharam devido a um episódio ocorrido durante uma viagem do governador.

Por Octavio Guedes

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